segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Afogamento de uma obra de arte: "Marco Rondon", patrimônio do estado.

A partir das 14:00h do dia 10/09/2012, no auditório da OAB em Porto Velho, assisti a um grande debate sobre o patrimônio histórico e artístico cultural de minha terra. Digamos que houve um tom irônico acerca das proposições ali realizadas. E também com oportunidade de denúncias bastante "cabeludas".
O historiador Marco Teixeira teceu explanações bastante apropriadas sobre o assunto em tela, principalmente no que pertine ao descaso e abandono deste nosso patrimônio, colocando na ocasião,  algumas soluções remediadoras.
Já a também historiadora Yêda Borzacov, deu sua  opinião sobre esta temática, já tão conhecida e debatida por ela. 
Mas, o inusitado da situação, foi a condição  do "Marco Rondon", tombado e afogado no Rio Madeira,  juntamente com a destruição de seus barrancos, provocado pelas comportas devastadoras da Usina Hidrelética de Santo Antônio.
Não sou especialista no conhecimento da  defesa ambiental de meu estado, todavia existe nesta cabloca ribeira, um espírito aguerrido, que luta contra esse paradoxo:. A destruição do homem, pelo homem,  como no caso do Marco Rondon, pela mão do homem erguido, e também por ela, devastado.
Foi preciso que uma obra de arte se afogasse, para que as autoridades alertassem para a necessidade de se apresentar um projeto que trouxesse compensações acerca dessa perda, criando condições para que seja valorizado o patrimônio histórico artístico e cultural.
Ora,  dentro do limitado  conhecimento que tenho acerca da questão, muito me admira, que não tenha se pensado em fazer um projeto, antes da construção das usinas, que visasse preservar nosso meio ambiente ribeirinho e também todo o bojo desteentorno, tais como museu, centro de informações culturais, restauração de obras de arte, etc.
Me manifestei quando começaram a falar sobre a restauração das obras de arte do Estado de Rondônia.  Ora,  há 35 anos, o governo vem adquirindo  obras através das Secretarias, principalmente, pela SECEL, já que temos uma galeria  e um salão de artes que acontecia  bienalmente, com premiações, que davam ao Governo, o direito de posse das obras premiadas.
Ao longo de algum tempo, isso faria com que nosso Governo tivesse um grande acervo artístico cultural.
Essas obras deveriam ser tombadas como patrimônio que são. Nesse período, ocorriam também vários projetos de rua onde o artista participava, produzindo, pintando suas telas,  e  as mesmas ficavam para a Secretaria de Cultura e se misturavam com as obras  escolhidas pelos críticos de artes, destes salões , tendo destinação  de meros objetos de decoração, a enfeitar as paredes dos órgãos públicos, ou levados para qualquer evento, inclusive, de rua, para "encher linguiça", sem haver a mínima preocupação com as destruição das obras.  Muitas, foram levadas para casa, e as que sobraram estão na Casa de Cultura Ivan Marrocos, sucateadas e semi destruídas.  Algumas, obras de artistas que já se foram e muitas delas repintadas por artistas que não tiveram capacitação no ofício correto de se restaurar obras de arte.
Falando no quesito restauração, é preciso que seja criada uma pinacoteca, com legislação que dê respaldo e amparo a essas obras de arte, com catálogos de informações técnicas.
Isso me faz refletir mais detidamente sobre essas ações, no mínimo, esdrúxulas, onde é  preciso deixar que seja destruido, para depois ser recuperado...
E as vezes, esse patrimônio, não tem mais condições de ser restaurado, tornando-se, quando isso acontece,  um arremedo  de colcha de retalhos, pálida sombra do  que foi um dia ... 

domingo, 9 de setembro de 2012

AS ARTES VISUAIS EM PORTO VELHO

A mais de 35 anos a gente vem lutando em melhorar e dar ao publico espaços físicos a onde eles possam estar em contato com os artistas e sua obra. Já tivemos vários espaços alternativos, mas todos desaparecem com o tempo, até que conseguimos a Casa de Cultura Ivan Marrocos, que foi criada para as Artes Plásticas, mas logo depois ela foi publicada como Casa de Cultura, esquecendo que o espaço físico não é adequado para receber todas as Manifestações Culturais, assim sendo acabou sendo prejudicada uma idéia e uma luta de todos os seguimentos culturais. Para salvar a nossa idéia e  luta tivemos um grande trabalho a ser feito, fizemos um projeto cultural o qual levamos ao Governo do Estado, para que um dos espaço se tornasse uma Galeria de fato e de direito, e olhando um pouco a historia das Artes Plásticas, nos constatamentos que não existe historia sem principio, meio e fim. e escolhemos um dos artistas do passado e demos-lhe o nome a Galeria de Afonso Ligório. Criamos um regulamento e hoje a Galeria é de nível Nacional. Mas até agora nos não possuímos nada de informativo de quem foi Afonso Ligório. Dentro do projeto da Casa de Cultura, seria um espaço permanente para as Oficinas de Artes, até agora não conseguimos o tal espaço, que possibilitaria estar os próprios artistas de Rondônia passando informações e colaborando com as Artes junto aos  artista locais bem como o publico em geral. E é desproporcional trazer de fora  cursos caríssimos,  proficionais para ministra-los, sem ter o local apropriado, nem para ser projeto filmes e palestras de interesse ao publico tanto artístico como no geral, e isto vem acontecendo regularmente, apesar de que com estas verbas já poderia ter sido construído este espaço. Na realidade nos precisamos destas informações, mas ao meus tempo precisamos do espaço adequado não só para nos artistas locais, bem como para recebermos com dignidade os doutores da arte.
Começo este trabalho falando deste pingo  d'água que é a Casa de Cultura, que no momento se encontra completamente abandonada pelo Poder Publico, precisando urgentemente de uma reforma pois se encontra com diversas infiltrações e outros, no momento não temos se quer uma pessoa responsável pela higienização do local (banheiros, etc).
Vou continuar falando sobre o regulamento da Casa de Cultura que já existe, mas não esta sendo cumprido, inclusive neste ultimo ano não tivemos nem o Salão de Artes que já é uma salão de mais de 16 anos e conhecido e esperado nacionalmente, e que também nos discurso políticos, muitas promessa são feitas, mas a realidade e que nem ao menos sabem(políticos) os nomes dos artistas e lutadores das artes em Porto Velho - Rondônia.
Não sou escritora nem uma intelectual, sou simplesmente uma artista plastica e formadora de opinião, mas vou continuar escrevendo esta luta de nos artistas rondonienses, pelo nosso espaço e pela classe, que como qualquer uma outra é de trabalhadores

VIAGENS PELO RIO MADEIRA


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